quarta-feira, 27 de abril de 2011

"If I go to the Emerald City with you, that Oz would give me some brains?"



Pelo título, podemos perceber que hoje é dia de falar do Scarecrow (Espantalho) e a sua busca por sabedoria, ou melhor, algum cérebro (Claramente, duas coisas bem distintas!). 
O ingênuo Scarecrow busca saber um pouco mais do que ele sabe. Ele considera que não tem cérebro. Uma dedução obtida ao observar o próprio trabalho: permanecer estático a espantar corvos. Qualquer um pensaria que não seria necesário muito cérebro para isso e, provavelmente, não precisa mesmo. Muitas vezes, quando alguém nos pergunta: Quem é você? - A resposta, quase automatica, é: "Eu faço (...)" ou "Eu trabalho com (...)". Na maior parte do tempo não somos Pessoas, mas Funções... Que somos aquilo que fazemos (afirmação bem Existencialista) até posso aceitar, mas que sejamos somente aquilo pelo que nos pagam para fazer... Hum, não sei não. Parece que é tudo igual para você? Se assim for, isso sim é falta de inteligência, ao menos, do meu ponto de vista rsrsrs. 
Minha mensagem é simples: O Scarecrow não precisava pedir inteligência para o Wizard of Oz, bastava um pouco de auto-confiança e isto ninguém poderia dar a ele, nem mesmo com magia. Também não há nenhuma tecnologia milagrosa que poderia dar a ele o que desejava, mesmo colocando a palavra ‘Quantum’ na frente ou por intermédio de rebuscados livros de ‘10 simples passos para...’. 
Contudo, até entendo a ingenuidade e as conclusões do Scarecrow .... Muitas vezes, eu sou "espantalho" também. Ainda mais neste(a) Universo(idade) em “consolidação” com o qual lido todos os meus dias. Tantas opiniões divergentes, tantos jeitos errados de justificar que se esta fazendo o certo. Pessoas que pressentem muita Ciência, onde algumas vezes só encontro confusão e números vazios: excelência expressa do A ao F.  Ainda pior do que ser só o que você faz, é ser apenas os números que quantificam o quão ‘bom’ você é no que faz... Nada mais triste do que o Homem deixar de ser a Obra, para ser apenas os números na planilha que refletem distorcidamente a importância da Obra. 
Para ser sincero, não acredito que a inteligência resida apenas em resolver uma equação muito complicada, manipular Hamiltonianos elaborados ou construir máquinas inusitadas. Inteligência maior é compreender a importância de fazer tudo isso. Quando era um jovem estudante, em tempos de graduação na USP, lembro-me de uma frase de um grande professor: "Bons cientistas sempre encontram as respostas certas, mas os Excelentes sabem quais são as perguntas que valem a pena responder!" 
Inteligência é NÃO menosprezar a si mesmo; NÃO deixar a auto-estima em baixa. Inteligência é saber tudo o que você é capaz de fazer e alcançar este limite. Ser o melhor que você pode ser é mais que uma obrigação (Acho que parece livro de auto ajuda, mas eu precisava escrever isso). Eu não CULPO o Scarecrow pelo que ele pensava de si mesmo, mas eu também não o DESCULPARIA se ele não fosse a Emerald City buscar o que ele ansiava conseguir; ir pelo caminho que acreditava que o tornaria tudo que poderia ser. Para algumas ausências, reconhecê-las já representa o seu preenchimento, pois dar-lhes um nome e um propósito é o requerido para transformá-las em presenças. 

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