quarta-feira, 27 de abril de 2011

"I don't think this is Kansas ..."


Sempre gostei de certas histórias que povoavam minha infância. De certo modo, sempre vi filosofia e sabedoria nestes contos infantis. Quem me conhece um pouco melhor, sabe que sempre apareço com alguma referência ao "Alice's Adventures in Wonderlands"; de longe, Alice é a minha favorita... 

Entretanto, não é a única lembraça  dos tempos de criança que aprecio para minhas alusões sobre ‘a Vida, o Universo e Tudo Mais...’ (rsrsrs).  Outra história que também me fascina é "The Wonderful Wizard of Oz" com seus carismáticos personagens. A estranheza da vida em relação aos nossos desafios  e consequentes dilemas que surgem, por vezes, são muito  similares aos destes personagens.

Pense bem nas linhas gerais da história: Um homem de lata que busca um coração; Um espantalho que busca um cérebro; Um leão que busca coragem e uma jovem garota (Dorothy) que busca um caminho (para retornar a sua casa). Uma representação clara da vida - sempre uma BUSCA; constantemente, mais do que um simples seguir adiante. 

No mundo de Oz, cada um destes personagens encontrou algo, que se não era o que queriam ou esperavam, ao menos era o que necessitavam naquele momento, mesmo que a conscientização disso só surgisse muito depois; misteriosos desígnios da vida (ou  provavelmente, apenas capricho do autor). Os personagens de Oz têm características tão interessantes que é preciso um post para comentar cada um deles. Assim, essa será a semana  de Oz e começo pela jovem Dorothy e sua famosa frase: "I don't think this is Kansas..."

A jovem Dorothy, de repente, se viu jogada num outro mundo: lugares, pessoas, comportamentos absurdamente distintos do seu confortável e bem conhecido "Kansas" (mesmo que não tão feliz). [Nada diferente de nós, quando nos percebemos em um ‘novo estado civil’, ou em um completo ‘novo ambiente de trabalho’]. Um misto de espanto, horror e excitação acompanhou essa menina durante a nova situação.  Porém, desde o momento que ela chegou àquela estranha terra, tudo que desejava era retornar a sua casa. Assim, começou sua caminhada pela estrada de tijolos amarelos, mas com a obsessão de se manter a mais conectada possível ao seu mundo e retornar a ele (Mas havia, de fato, o porquê de voltar?). Encontrar o caminho para o que  era o 'seu' bem conhecido, amado e, portanto, seguro mundo! 

Eu, realmente, não lembro se Dorothy encontra sua casa, mas lembro de que Dorothy pouco a pouco tornar-se parte de Oz. Todavia, não é fácil admitir a mudança e aprender a viver com ela. Seguir o caminho nunca é fácil, mas é preciso! Perceber que o diferente não é necessariamente ruim, aceitar que possivelmente é o mais adequado e natural para o que há por vir. Em “The Wonderful Wizard of Oz”, acredito que a maior lição sobre a menina que vemos foi que Dorothy aprendeu a ser Dorothy, onde Dorothy estivesse... Qualquer semelhança nunca é mera coincidência! 

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