quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Não há outro Magnifico, senão o Reitor





Tempos de celebração democrática é o que se comenta pelos corredores da Universidade Federal do ABC. Passamos pelo processo de escolha do novo reitor para os próximos 4 anos. Obviamente, ele é muito mais do que o grande gestor desta comunidade, ele é o arauto que nos representa em todos os diferentes fóruns e o responsável por nos guiar através dos diversos caminhos de Universidades que poderíamos trilhar. 


Pessoalmente, já escolhi o candidato em que votarei, baseado na minha visão da UFABC e no gestor que acredito poder moldá-la nesta imagem. O nome deste candidato ou os detalhes do meu pensamento para esta decisão são razoavelmente irrelevantes (para qualquer um que não seja eu). Caso eu escrevesse aqui, no melhor dos casos, teríamos algum tipo de depoimento que poderia até ficar bem em fórum digitais e/ou redes sociais e nada mais... Bem escrito, talvez; inútil, com certeza. Cada qual deve tomar essa decisão por seus próprios princípios e a opinião alheia deveria ter pouca influencia nisso. Independente do candidato que vença, a maior fé que tenho é que a UFABC já é uma universidade solida o suficiente para que, seja eleito o candidato seis ou o candidato meia dúzia, ela continuará em sua busca de se firmar como um bom local de ensino, pesquisa e extensão. 



Contudo, muitos estão propagandeando e trabalhando duramente para este ou aquele candidato, muitos são os “argumentos” para tão apaixonada labuta de convencimento. Sinceramente, sempre acho melhor do que só ouvir as palavras de um homem, observar suas ações; ir além e estudar as intenções de suas ações, se possível ainda, refletir sobre as intenções de suas intenções. Então, talvez,seja possível ter um vislumbre do que há de verdade em suas palavras. Por isso, deve-se sempre ser cauteloso com palavras faladas ou no papel. Afinal, a maioria das grandes e mais fascinantes histórias se encontram imortalizadas no papel e nem por isso deixam de ser apenas excelentes fantasias. Tudo que podemos eleger é a possibilidade de um caminho com quase nenhuma garantia de sua veracidade



Nestes tempos de angariar votos, muitos são lisonjeiros e gentis. Afinal, querem nosso voto, mas como serão depois de conseguir o que desejam? Neste ponto, sempre é válido um exercício de memória. Durante este tipo de campanha muitos usam mascaras convenientes. Porém, se conhece muito mais destas pessoas no dia-a dia: quando os observamos nos tablados durante suas aulas, quando procuramos alguma ajuda deles em suas salas, quando discutimos nos diversos fóruns universitários ou quando observamos a sua maneira de interagir com os outros. Nestes momentos, estas pessoas mostram bem mais de perto sua verdadeira natureza. O grande problema dessa diferença é que se usa a Mascara para obter os votos, mas se governar com a verdadeira Natureza, com tudo o que há de mau e bom dela. Nos piores casos, existem os  “mágicos de Oz” que prometem coragem, mas tudo que podem oferecer é uma tigela de vinho barato, na tentativa de te embriagar e te fazer acreditar que te deram a coragem, que nem eles mesmos possuem.  



Independente do discurso usado, além das boas intenções, pode estar certo que sempre existirá alguma sede de poder e a chama da vaidade, em especial, naqueles que cercam os candidatos e aguardam a "merecida" recompensa por sua lealdade, muitas vezes representada por uma pró-reitoria ou algo assim. Deve se tomar muito cuidado com a escolha que se faz, pois pode não haver outro Magnífico, senão o Reitor, mas, com toda certeza, haverão muitos pro-reitores  que serão os seus mensageiros e os executores do plano.