quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Em busca de novas Direções



Dizem que "sempre achamos a grama do vizinho mais verde". Na UFABC, isso parece não corresponder a verdade. De fato, por aqui parece que nos orgulhamos de ter tingido a nossa grama de "vermelho". Temos uma obsessão pelo novo, diferente e nada comum, por vezes, isso é até danoso. Uma das coisas que mais surpreendem na UFABC é a inexistência de institutos, faculdades, departamentos... Em um anseio holístico (ou algo assim), a Universidade busca se manter sempre como um todo e, até mesmo, muitos acreditam que é assim que funcionamos. A única divisão que foi permitida foi a da criação de Três Centros: CCNH, CECS e CMCC que, segundo as "Palavras Bevilacquianas", representariam a busca incessante da Descoberta dos segredos da natureza, da Invenção de novas tecnologias e da Crítica racional rigorosa (http://migre.me/fVqeg). Desse modo, essa fragmentação pôde ser aceita, uma vez que foi apenas a manifestação natural destas "divindades guias", quiçá os "padroeiros" de cada centro. Obviamente, os centro operam  (ao seu modo) como instituto, faculdade, departamento… ou alguma outra denominação fragmentaria e tradicional, da qual o uso é desaconselhável e não será mais mencionado neste texto. 

Cada Centro tem a sua autonomia e esta desenvolvendo personalidade própria, oriunda daqueles que o constituem e, em especial, das figuras do Diretor e do Vice-Diretor. Muito além de cargos administrativos, a Direção tem um papel político e moral muito forte dentro da UFABC. Portanto, a escolha daqueles que ocupam estes cargos vai muito além da analise de habilidades e competências para executá-lo: o Diretor seria o "Avatar" da própria manifestação da Natureza do Centro. Portanto, não devemos menosprezar este momento eleitoral em que os candidatos a estes cargos pelos próximos quatro anos se manifestam. Os centros CCNH e CMCC terão eleições para chapas conjuntas de diretor/vice-diretor, enquanto que o CECS terá a eleição apenas para diretor, permanecendo no cargo o atual vice. 

Nestas eleições, cada docente e técnico administrativo vota para a direção do centro ao qual pertence e os alunos votam para as direções dos três centros.  De certo modo, apesar de não ser a primeira vez que diretores serão eleitos, essa é a primeira em diversos outros aspectos: Esta eleição será a primeira da Universidade a usar a nova equação de pesos aprovada pelo Consuni: 0,5*(votos docentes) + 0,25*(votos T.A.) + 0,25*(votos alunos). São tempos de uma universidade mais vivenciada, menos eufórica e traumatizada com o seu "parto institucional" e, acima de tudo, mais consciente das conseqüências de seus atos, desmandos e decisões. Em breve, todos seremos convidados às urnas, em um primeiro momento para escolher os Diretores (e vices) e em um segundo a Reitoria. Não devemos menosprezar o impacto das direções dos Centros em nossa dinâmica diária. Se o Reitor representa a cabeça da Universidade, os Diretores são os braços e pernas e, portanto, os responsáveis diretos pelo movimento efetivo do caminhar da universidade para a direção que ela optar seguir.  Assim, se cobiçamos sermos o tão difundido lema:  "Universidade de Ponta para o Século XXI" é necessário, no mínimo, sermos ágeis e vigorosos. Afinal, o caminho é sempre tortuoso e acidentado se o objetivo é chegar ao topo...



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